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Funes, el memorioso escreveu precisamente o que eu queria e tinha mesmo que escrever, principalmente depois de ver primarismos destes: http://www.boycottscotland.com/ .

Reproduzo, pois, com a devida vénia, o que escreveu:

«Da essência das coisas
Invocando razões humanitárias (o homem sofrerá de um cancro em fase terminal e não deverá durar mais de três meses), o governo escocês libertou Abdelbaset al-Megrahi, condenado a prisão perpétua como autor do célebre atentado terrorista de Lockerbie. A Líbia recebeu-o em festa e o declarado terrorista foi celebrado em Tripoli como um herói.

Uma onda de indignação correu a Europa e a América. Do mais pequeno jornal paroquial de Andorra, às gigantescas cadeias de televisão dos EUA, não houve órgão de informação que não proclamasse, chocado, o seu sentido furor justiceiro contra o ministro da justiça escocês, Kenny MacAskill (suposto responsável pela decisão de libertação), nem comentador ou cronista político que não derramasse uma furtiva lágrima de solidariedade para com os familiares da vítimas do voo de Lockerbie. Do mesmo passo, protestaram incrédulos o seu horror às manifestação promovidas pelos súbditos do senhor Khadafi.

Salvo o devido respeito, erraram o alvo das críticas e passaram ao lado da essência das coisas.
A Justiça não se confunde com a vingança. E a Justiça não exclui a piedade. No ocidente, afirma-a. A libertação de um homem doente e sem esperança, para que possa ir morrer entre os seus, não é um sinal de decadência da nossa civilização. É uma proclamação da sua grandeza. ...»

2 comentários:

Antonio Duarte disse...

Só para lhe dar os parabéns pela forma como tem vindo a "alimentar" este blawg, com assuntos actuais e de grande pertinência. Fui ao blog do Funes, el memorioso e li na íntegra o artigo e fiquei algo preocupado pois não tinha a ideia da profundidade da questão e da grandeza do ódio que o Mundo Árabe nutre pelo Ocidente, que realmente já teria sucumbido, se não fosse o seu poderio bélico e outros.Apesar de que, convenhamos, o terrorismo é a pior forma de guerra, pois não se vê o rosto do inimigo e, com a globalização e o cair das fronteiras este está mais presente em toda a parte, até lançando raízes em solos onde depois poderá lançar bombas. As guerras ditas convencionais são feitas entre militares, mas os actos terroristas visam o povo anónimo que circula, neste caso, como cordeiros para um matadouro desconhecido, o que às tantas poderá provocar uma psicose generalizada e o caos. Urge destruir essa ferida, a bem da paz mundial.

Um grande abraço Dr. Pedro.

Pedro Cruz disse...

Grande abraço Luis.